Caros amigos
Tenho me sentido um pouco devedor do “site” do Ponto e seus milhares de leitores.
Apesar de ter mais de 330 postagens, o que me coloca em segundo lugar no número delas, atrás apenas do mestre Vicente, a verdade é que nos últimos anos minha presença aqui despencou. De uma média história de mais de um texto por semana, a partir de 2011 isso caiu para menos de um por mês. Este ano foi parar em um por semestre!
Mas isso tudo tem uma (ou várias) explicação, e aproveito o texto de hoje para falar um pouco disso e me apresentar, já que, inegavelmente, o público de hoje não é mais o mesmo do meu tempo de artigos semanais, e provavelmente a maioria de vocês sequer me conhecem.
Passaram-se dez anos.
Sim, dia 16 de maio de 2003 eu escrevi minha primeira participação neste “site”.
(http://www.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=66&art=726&idpag=34)
Havia pouco tempo que era auditor fiscal da Receita Federal, concurso no qual fui aprovado com ajuda da dupla Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, com seus textos na “internet”.
Iniciar meus escritos no ponto era apenas uma forma de tentar retribuir um pouco da ajuda que, graciosamente, eu tive na minha preparação. Naquele tempo sequer falávamos em cursos “on-line” pagos, aulas teletransmitidas, escrever livros ou viajar o país dando aulas.
Mas isso tudo veio de forma natural.
O ponto virou referência em qualidade na preparação para concursos, passamos a dar aulas (presenciais) em todo Brasil (eu mesmo dei aulas, durante anos, em mais de 30 cidades por aí...), publicamos livros, lançamos cursos “on-line”, participamos da aprovação de milhares de pessoas, auxiliando, de uma forma ou de outra, a realizar sonhos, mudar a vida das pessoas.
E nossas vidas mudaram com a mesma intensidade.
Nesse mesmo tempo, também corri atrás dos meus sonhos.
Além de me realizar no trabalho, efetivamente contribuindo para um país melhor, na seara pessoal me formei em Direito (passei na Receita como engenheiro eletricista, diploma que guardo com carinho e conhecimento que me ajuda a trocar lâmpadas em casa!!), estudei e passei em concursos para a magistratura, virei juiz federal, casei (claro, Marcelo e Vicente padrinhos!!) e dei uma volta ao mundo, que concluí há poucos dias!
A rigor, nunca me afastei do mundo “concursal”. Não parei de dar aulas, de responder aos diversos “emails” que diariamente recebo dos ainda concursandos, lançar livros etc.
Gosto desse mundo, gosto de me sentir útil, gosto de ajudar aqueles que arduamente batalham por uma vaga no serviço público.
E assim continuará sendo.
A redução da minha participação do Ponto, nos últimos anos, deu-se em razão dessa infinidade de novas coisas que surgiram na minha vida, e a dificuldade de dar conta de tudo nas nossas limitadas 24 horas diárias.
Então, volto agora com uma proposta complementar ao estudo que cada um de vocês já vem fazendo com os demais professores do Ponto. A idéia é de apresentar um pouco de jurisprudência, em especial do STF, para que você possa ir para a prova preparado.
Passei anos falando em sala de aula da importância de estudar os julgados dos Tribunais superiores, e a imensa maioria dos alunos seguia (segue) sem dar muita atenção a isso.
Há uns 8 anos lancei o primeiro livro do mercado com jurisprudência selecionada, mesclada com questões de concurso, depois copiado por praticamente todas as editoras. Mas os alunos continuaram e continuam achando que não precisam estudar isso... Já vi prova com quase 25% das questões feitas com base em julgados... concursos de nível médio com questões só resolvidas com conhecimento do posicionamento do STF... Se isso não é suficiente para você estudar a jurisprudência, não sei o que seria.
Enfim, minha idéia é postar, toda semana, os principais julgados noticiados no Informativo do STF. Aos poucos vocês vão se acostumando com o linguajar e as decisões. No começo é chato mesmo. Depois você se acostuma, mas seguirá sendo chato!! Mas é necessário? Sim. Então vamos à luta!
Por último, sempre digo que o mais difícil na caminhada ao cargo público é manter-se motivado pelo tempo necessário para estudar o suficiente para passar. Estudar não é o problema, já que fazemos isso há décadas. Estar motivado para iniciar também não, isso praticamente todos conseguem. E manter-se motivado depois de 1, 2, 3 anos de estudo? Aí sim é para poucos. Esses poucos são os que terão seus nomes nas listas de aprovados...
E, para esses momentos de desânimo, serve uma dica: eleja algo que você quer muito. Sempre que estiver com vontade de parar lembre do seu desejo e renove suas energias. Pode ser algo altruísta, como servir ao público, ajudar a melhorar a vida daqueles que precisam do Estado, ou mesmo algo mais pessoal (ou ambos), como uma vida estável, educação de qualidade para os filhos, uma casa nova, um carro novo, um marido/esposa novo/a... Escolha o seu desejo e mantenha-se firme na caminhada até alcançá-lo.
Um dos meus desejos (sim, eu tinha vários) era uma volta ao mundo completa, usufruindo da benesse que é ter 60 dias de férias por ano (enquanto esse for um diferencial da magistratura...).
E assim foi: conheci lugares que a maioria dos mapas sequer indica, vi paisagens de tirar o fôlego, conheci gente das mais variadas etnias, provei cores, sabores e aromas especiais.
E, após realizar esse sonho, possível após a aprovação no cargo que eu almejava, aqui estou novamente, pronto para ajudar você a realizar o seu!
Vamos nessa!
Sucesso sempre
Leandro Cadenas Prado